domingo, 22 de agosto de 2010

exmagnolia


o padrão da ex magnólia





.


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

flor de pequi



Este desenho conta uma história
a do dia que o meu braço direito recebeu a pintura da cobra

Haveria uma festa naquele dia: a dança do beija-flor e a flor do pequi. Ao redor da aldeia,as árvores de pequi estavam em flor. A oficina de cestaria dos homens tinha chegado ao fim. Um espírito andava se manifestando na aldeia. A festa começou a acontecer.
Logo de manhã, os homens já estavam se arrumando, são muitos adornos... Vi o Sagé vindo na praça todo paramentado: - Como você está bonito, Sagé! ele, orgulhoso, foi mostrando: as penas nos braços, as faixas de linha colorida junto das articulações, os cordões e as miçangas no quadril, os brincos de penas de tucano, a pintura do corpo todo com resina de jatobá misturado com o preto do carvão e com o vermelho do urucum... disse a ele que também queria pintar, queria pintar o braço. Ele me aconselhou a ir falar com o cacique e pedir a ele, me mostrou que eles estavam pintando atrás daquela oca. Fui lá, espiei, dei a volta da oca e dei de cara com o cacique e mais uns doze índios enfileirados se pintando na sombra da jaqueira. Fui chegando...dá licensa, bom dia Afucaca, bom dia, estão pintando, muito bonito, muito bonito... eu também gostaria de pintar, gostaria saber se posso,... Sagé mandou perguntar para o senhor... – Pode pintar, sim. Pode, mas não aqui, precisa falar com minha filha, alí, depois... aqui só homem, pode, vai. – Obrigada, vou lá falar com ela, dá licensa, bom dia. Fui até a cozinha de fora da casa do cacique, as mulheres estavam lá na lida da mandioca, trabalhando, como sempre. Expliquei, ela falou que me chamariam quando fossem pintar, depois. Mais tarde um pouco, o indio me procura na oca: - Quer pintar? Vamos lá fora. Aqui, senta. Sentei. – Quer aqui? indicando o antebraço. No braço inteiro, falei. – Põe a mão aqui, fica assim...e desenhou habilmente o padrão da cobra, recitando o grafismo que descia ao longo do meu braço.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

aldeia VI


aldeia kuikuro

.

agora com o desenho um pouco mais completo
.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

cobra de vidro


a cobra de vidro

.

o peixe de vidro,
o boto de vidro
.
.
.
...o caneirinho barrento,
a cobra de manancial com cabeça verde...

.
ô pogressio
.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

aldeia V / a ida



a cidade


os campos cultivados


quase o limite


o limite


o parque


os rios
os buritis

.


o instrumento

.

sábado, 7 de agosto de 2010

soma dos dias


foi no dia da abertura da instalação do Carlito na Pinacoteca
acho que o (a)braço agradou...
a fotografa era do estadão, a Rita descobriu depois:
tá aqui
.

esta pintura foi feita por um indio no dia da festa na aldeia
é o padrão da cobra
.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

aldeia IV


refiz o desenho da aldeia,
juntando os passos e algumas imagens

.

uma oca dura aproximadamente 8 anos
a aldeia muda de lugar a cada 15 anos mais ou menos

.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

aldeia III



a noite, na rede, fiz este desenho da esquerda procurando me lembrar da organização da aldeia entorno da imensa praça central circular que tanto havia me impressionado.
de manhã cedinho resolvi contar em passos a aldeia para ter uma idéia de dimensões:
- a oca tradicional tem 29 passos de comprimento
- a praça tem 270 passos de diametro
- a casa dos homens (unica construção no circulo central onde mulher alguma pode entrar) fica no centro no sentido N/S e deslocada 45 passos do centro no sentido O
- as traves do campo de futebol fica a 70 passos da casa dos homens
...
depois perdi as contas porque dois indios ficaram curiosos com o meu desenhar, enroscamos na conversa e ficamos de fazer um desenho completo juntos a tarde...mas nos desencontramos no horário indigena e aconteceu toda aquela história que conto no aldeia I





e os círculos ficaram na minha cabeça
eu os via por toda a aldeia












.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

phillip glass + carlito carvalhosa

ontem a noite na Pinacoteca







realmente uma experiência sensorial maravilhosa
percorrer os salões da Pinacoteca com a música do Phillip Glass
vazando através da escultura do Carlito (soma dos dias)

a gigantesca dupla espiral de tecido que pendia do teto do octógono
tornava invisíveis o piano e o músico, o tecido pulsava, o som invadia o museu
o artista, o público, as esculturas, o espaço vibravam

.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010